domingo, 29 de abril de 2012

Era amor, era paixão, era adimiração, era respeito, era carinho. No fundo, no fundo, os dois sabiam que por mais infinito que fosse aquele sentimento, ele teria um fim. Nenhum deles era ingênuo o bastante pra crer que algo na vida podia ser eterno. Por mais que soubessem, insistiam em dizer que aquela felicidade, aquele amor sufocante seriam pra sempre. Na verdade, eles sabiam que o “felizes para sempre” limitava-se somente aos contos de fadas. Sabiam, mas negavam. Talvez o que realmente queriam era fugir da realidade, da hipocrisia, do furacão de pensamentos que rondava suas cabeças. Mas e daí se não fosse pra sempre? O que importava ali era o presente, era a alegria que subia a cabeça a cada “eu te amo” pronunciado. O que importava, eram os abraços, os beijos, as palavras. O que importava era o agora; o futuro certamente seria cheio de incertezas. O futuro era apenas um borrão cinza nublado no qual não se conseguia enxergar nada[…] Mas era amor, certamente era amor, quem sabe até fosse mais que isso. Os olhos de ambos deixavam transparecer aquele sentimento tão lindo, aquela paixão insana, o calor, a presença, o amor. Queriam estar somente perto um do outro, em um mundo só deles, onde o resto lá fora não existia, onde a opinião alheia não passava de detalhe, onde o amor que sentiam bastava para manter aquela paz; paz que só pairava no ar quando estavam juntos[…]

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